quarta-feira, 26 de junho de 2013

Tristes Festas Juninias - parte II


O texto abaixo foi escrito há muitos anos atrás, mas infelizmente continua atual.    A diferença é que agora além do cachorro quente e pastel por R$ 3,00, temos escola MUNICIPAL que também vende CERVEJA por R$ 3,50!!!    Vai uma BRAHMA aí Brambilla???

É lamentável o que ocorre em algumas escolas públicas nessa época do ano.  Infelizmente, em muitas dessas escolas, a razão principal para a realização das festas juninas é muito mais a melhoria do caixa da A.P.M. do que a celebração em si.   Não tenho nada contra as festas, pois, vivemos no Brasil, país onde tudo é festa, onde criminoso "da direita" é assassino, e o "da esquerda" é herói; mas vou deixar a política de lado neste momento para voltar a falar sobre as "festas".   Quando uma escola se vê "obrigada" a vender: docinhos, cachorro-quente, pipoca, refrigerante, etc., mesmo que pelos motivos mais nobres, não estaria ela esquecendo que muitos de nossos alunos vão à escola para comer?  Ou seja, muitos não têm condições de comprar o que é vendido por ela.    Será que ninguém vê aquele aluno no "canto", olhando o amiguinho comendo algo que ele não pode comprar?   
     Quero deixar bem claro que não estou fazendo uma crítica às escolas, pois muitas são quase que obrigadas a agirem assim.   Bom seria se elas não precisassem arrecadar dinheiro com estas festas, bom seria se todos pudessem comer e beber à vontade para que não houvesse ninguém se sentindo - desde pequeno - um excluído.    Afinal, com tanto dinheiro que vemos ser desperdiçado pelos nossos governantes, tenho certeza que se os responsáveis buscassem apoio nos lugares certos, teríamos facilmente festas juninas mais felizes e democráticas.    Não  é certo que em uma festa organizada por uma entidade pública, só coma um cachorro-quente quem tiver dinheiro para comprá-lo.
     As escolas têm obrigação de buscarem a justiça social, e justiça social também é isso: festas para todos, comida para todos, direitos iguais para todos.     As escolas públicas não podem, em momento algum, sob nenhum tipo de pretexto, serem objetos de exclusão.     Quem sabe no próximo ano, ou na próxima festa, possamos olhar para os "cantos" e vermos todos felizes.
     Quem sabe no próximo ano, ou na próxima festa, eu possa estar aqui escrevendo sobre um novo Brasil.
     Ainda não foi desta vez!

Ah, parabéns para a Direção da escola Carlota, lá a festa junina teve o melhor cuscuz de Araras, cachorro quente, pipoca... festa... tudo para os alunos/professores/funcionários... grátis... como deve ser!

LRDantas
dantas1503@yahoo.com.br
http://professor-dantas.blogspot.com

terça-feira, 4 de junho de 2013

O ex-funcionário e o desvio de função


            Em decisão tomada em primeira instância, um ex-funcionário da prefeitura conseguiu o direito de receber a diferença salarial que existia entre o cargo para o qual ele havia prestado concurso e o cargo que ele realmente exercia.      Cabe recurso e espero que a prefeitura recorra, pois todos sabem do perigo que uma decisão como essa representa, uma vez que o número de funcionários em desvio de função dentro da prefeitura é tanto que beira ao absurdo.     Desconheço repartição que não tenha o seu caso, afinal, quanto não são os “falsos serventes” que prestaram concurso já sabendo que seriam “desviados” da função, uma vez que é difícil de acreditar que uma pessoa com nível superior completo tenha prestado concurso para tal cargo imaginando que exerceria essa função um minuto que seja.    Temos dentro da secretaria da educação serventes desempenhando outras funções, dentro de postos de saúde, de departamentos, de..., todo lugar! (muitos deram um jeito de “legalizar” esses desvios conseguindo ocupar os tais cargos comissionados – assessores de gabinete – e fazem isso já tem muito tempo, o que criou certo “comodismo”, tanto que eles nem pensam em prestar outro concurso para deixarem essa situação).
            Eu gostaria de ver publicada a lista de todos os funcionários da prefeitura, com seus cargos e funções explicitados.      Tenho certeza que muita gente se surpreenderia com os nomes que apareceriam nela, especialmente a lista dos serventes, onde nomes de pessoas conhecidas, de famílias tradicionais, estariam presentes.     Pena que a tal transparência não chegue nunca por aqui, pena que a nossa justiça – que deu ganho de causa para esse ex-funcionário – não cobre do município o cumprimento da lei, ou seja, acabe com os desvios de função (cadê o Promotor?).     Pena que nossos vereadores, tão preocupados em nomear ruas, conseguir vagas para alunos já matriculados,..., não consigam enxergar a bomba relógio que essa decisão judicial pode ser.

            Não dá mais para ficar brincando de ocupar cargo,  brincando com as leis, brincando com o dinheiro público!   E por falar em dinheiro público... será que a Araprev receberá o percentual a que tem direito sobre o valor que esse ex-funcionário receberá?  Tem que receber corrigido pelos mesmos índices usados pela justiça, estou certo?

LRDantas