quinta-feira, 24 de março de 2011

Na contramão do Mundo

                                        

            Todos têm acompanhado os tristes acontecimentos ocorridos no Japão.     Países de todos os continentes passaram a rever os seus programas nucleares, todos, menos o Brasil!
            Nossa presidente já disse que “não haverá mudança no programa brasileiro”, e, em breve, teremos mais usinas nucleares.
            Que o Japão tenha construído 52 usinas dá até para entender, pois eles não têm condições naturais que viabilize outros meios para a produção de energia, como através de hidroelétricas ou usinas eólicas.           Mas o Brasil?!
            As nossas usinas nucleares, Angra I e II, produzem, juntas, 2,5 % do total da energia gerada pelo país.  Se o governo, que adora a política de “bolsas”, criasse a “bolsa iluminação”, que distribuiria lâmpadas econômicas às famílias carentes e, concomitante a isso, proibisse a produção das lâmpadas incandescentes e retirasse todos os impostos que incidem sobre as econômicas.   A economia total de energia, estimada, seria de aproximadamente 3,5 %.   Ou seja, bastariam algumas atitudes do governo para que deixássemos de necessitar desta bomba relógio chamada usina nuclear.  E, se eu, um simples professor de matemática, sou capaz de perceber isso, por que os nossos governantes não são?!    As  únicas conclusões a que consigo chegar são:
  • Cada usina construída custa bilhões;
  • Elas são feitas por empreiteiras, que são as maiores doadoras para companhas políticas;
  • Cada usina traz, também, cargos para serem ocupados, muitos cargos!
  • Depois de construídas, toda usina arrecadará dinheiro, que será administrado pela “base aliada” de qualquer governo.
            Percebam as razões pelas quais nada muda nesta país.    Nem sempre o que é melhor para a população é o que conta, pois “eles” têm que pensar nas campanhas, nos partidos que apoiam, nos cargos que serão criados, na distribuição destes cargos, nos Ministérios/Secretarias que serão “distribuídos”, são muitos os interesses inclusos.
            É um imenso bolo do qual todo mundo quer um pedaço.    Já nós, população, somos quem sustenta essa farra toda.    E, às vezes, como na Roma Antiga, somos agraciados com “pão e circo”. Financiar o carnaval de rua é um bom exemplo disso!

LRDantas