sábado, 1 de janeiro de 2011

Cargos de confiança, cargos polítcos, cargos com apadrinhamento, cargos comissionados, cargos..., até quando?

Ninguém nomeia um enfermeiro para o cargo de médico, mas tem algumas nomeações que são difíceis de entender. Consultei o site da Transparência Brasil e vi como é fácil conseguir informações sobre funcionários públicos no âmbito federal, mas a mesma facilidade não ocorre nos governos municipais. Acho que todos gostaríamos de saber quantos são os cargos de confiança aqui em Araras, quem são seus ocupantes, quais são as suas qualificações e quanto custam para os nossos cofres.
Gostaria de saber, também, o que torna um auxiliar de mecânico apto para exercer a função de Diretor em uma de nossas "empresas cabide", ou um auxiliar de enfermagem apto para exercer a função de Diretor em uma de nossas "repartições cabide", fora o fato dessas pessoas terem distribuído "santinhos" e carregado "cavaletes" durante as campanhas eleitorais.
Algumas escolhas são aceitáveis, pois levam em consideração a competência demonstrada por determinadas pessoas na vida privada, mas carregar bandeira, distribuir "santinhos" e aplaudir discursos não deveriam ser atributos para nomeações, já que isso não dá Know-how a ninguém.
Outra coisa, o salário do Presidente da República é R$ 11.239,24, todo mundo pode saber, mas saber quanto ganham - já que somos nós quem pagamos - esses funcionários que exercem os cargos de confiança é quase impossível!
O candidato eleito pelo povo e derrotado pelo "clero", Pedrinho Eliseu, havia reduzido o número de cargos em comissão de 967 para 263, mas e hoje, quantos são? Será que não existem dentro da administração pessoas capazes para exercerem certas funções? Será possível algum dia limitarem por lei o número desses "cabides"?
Uma das coisas que acontece e que é muito certa é a indicação do Presidente do Banco Central, pois mesmo sendo feita pelo Presidente da República, ele tem que passar por uma sabatina para ser aprovado. Já pensaram se isso fosse feito em todos os níveis? Acho que não teríamos tantos casos como: Formação: filho/a de candidato, sindicalista, parente de fulano,..., ou: Habilitação: entregador de "santinhos", bobo da corte, puxa saco de campanha,..., etc. Ah, como é bom sonhar!
Por fim, gostaria de deixar aqui mais algumas palavras para reflexão: O país passará os próximos 4 anos sem uma oposição, já que o governo possui a maioria no Congresso e no Senado, e isso significa que a Presidente terá todo o poder nas mãos para fazer o bem e não terá as mãos atadas para fazer o mal. Em outras palavras, nunca estivemos tão dependentes da Imprensa - da parte que não se vende - pois está é quem molda a opinião pública e caberá a ela nos defender.
LRDantas

E o que nos dirá a história daqui alguns anos?

O presidente Lula vive dizendo que "nunca antes na história desse país...", se colocando como "o criador" de tudo de bom que está por aí, será? Não se negam os avanços ocorridos durante o seu governo, mas deixar de dar créditos ao governo anterior por grande parte do que estamos vivendo é como se déssemos graças ao florista e esquecessemos de agradecer ao floricultor.
Mudanças em um país não são como alterações que se faz nos sabores dos alimentos, acrescenta-se sal, um pouco de tempero e o resultado é imediato. Muitas mudanças que colhemos hoje foram plantadas lá atrás, até o Collor tem seus méritos, afinal, foi ele o primeiro a ter coragem de dizer "carro no Brasil é carroça!". Pois bem, voltemos um pouco ao presidente Lula, eu sei que um dos erros que cometemos é quando nos calamos e, infelizmente, nos calamos quando o Sr. Lula foi às rádios e televisões dizendo que: "eu sabia, ao sentar-me na cadeira de presidente, que todos que sentaram-se aqui podiam errar, mas eu não", e isso passou a impressão de que ele não errou. Então, o que dizer do Mensalão, do escândalo dos dólares na cueca, do Valerioduto, do caso Erenice, José Direceu,..., foi tudo acerto?
Lula tem seus méritos, um deles foi seguir a política econômica deixada pelo Fernando Henrique Cardoso - tanto que levou para o Banco Central o Henrique Meirelles, um homem que era do PSDB - e outro foi deixar de lado quase todas as suas promessas de campanha.
Como o Lula será lembrado daqui 8 anos, isso eu não sei, só o tempo dirá, mas com certeza vai depender muito mais de como nos lembraremos da Dilma (sua Criação), do que de como nos lembramos dele hoje.
O Brasil é maior que qualquer partido ou qualquer personagem político!
LRDantas