Ninguém nomeia um enfermeiro para o cargo de médico, mas tem algumas nomeações que são difíceis de entender. Consultei o site da Transparência Brasil e vi como é fácil conseguir informações sobre funcionários públicos no âmbito federal, mas a mesma facilidade não ocorre nos governos municipais. Acho que todos gostaríamos de saber quantos são os cargos de confiança aqui em Araras, quem são seus ocupantes, quais são as suas qualificações e quanto custam para os nossos cofres.
Gostaria de saber, também, o que torna um auxiliar de mecânico apto para exercer a função de Diretor em uma de nossas "empresas cabide", ou um auxiliar de enfermagem apto para exercer a função de Diretor em uma de nossas "repartições cabide", fora o fato dessas pessoas terem distribuído "santinhos" e carregado "cavaletes" durante as campanhas eleitorais.
Algumas escolhas são aceitáveis, pois levam em consideração a competência demonstrada por determinadas pessoas na vida privada, mas carregar bandeira, distribuir "santinhos" e aplaudir discursos não deveriam ser atributos para nomeações, já que isso não dá Know-how a ninguém.
Outra coisa, o salário do Presidente da República é R$ 11.239,24, todo mundo pode saber, mas saber quanto ganham - já que somos nós quem pagamos - esses funcionários que exercem os cargos de confiança é quase impossível!
O candidato eleito pelo povo e derrotado pelo "clero", Pedrinho Eliseu, havia reduzido o número de cargos em comissão de 967 para 263, mas e hoje, quantos são? Será que não existem dentro da administração pessoas capazes para exercerem certas funções? Será possível algum dia limitarem por lei o número desses "cabides"?
Uma das coisas que acontece e que é muito certa é a indicação do Presidente do Banco Central, pois mesmo sendo feita pelo Presidente da República, ele tem que passar por uma sabatina para ser aprovado. Já pensaram se isso fosse feito em todos os níveis? Acho que não teríamos tantos casos como: Formação: filho/a de candidato, sindicalista, parente de fulano,..., ou: Habilitação: entregador de "santinhos", bobo da corte, puxa saco de campanha,..., etc. Ah, como é bom sonhar!
Por fim, gostaria de deixar aqui mais algumas palavras para reflexão: O país passará os próximos 4 anos sem uma oposição, já que o governo possui a maioria no Congresso e no Senado, e isso significa que a Presidente terá todo o poder nas mãos para fazer o bem e não terá as mãos atadas para fazer o mal. Em outras palavras, nunca estivemos tão dependentes da Imprensa - da parte que não se vende - pois está é quem molda a opinião pública e caberá a ela nos defender.
LRDantas