Virou moda vereadores que
registram tudo para divulgarem na mídia, talvez até pela necessidade de mostrar
que fazem alguma coisa; porém isso tem gerado uma necessidade de se “criar”
fatos para serem divulgados e se produz cada coisa. Tem
sido normal vermos publicações do tipo: “...este é o nobre vereador visitando o
hospital”, “hoje nosso nobre vereador visitou a escola...”, “vereador visita a
creche...”, tudo bem se não fosse a grande quantidade de material inútil que
tem sido produzido. Não me surpreenderá
se logo divulgarem: “esse é o nobre
vereador defecando”, “aqui vai nosso nobre vereador para o motel”, “...nobre
vereador e sua/seu amante”, isso não é prestação de contas, é falta do que
fazer!
Que
tal se ao invés de ficarem tirando fotos vocês começassem a verificar algumas
coisas do tipo:
- Contratos públicos;
- Licitações que foram vencidas com valores – no mínimo – estranhos (peixe 50% mais caro do que o valor cobrado em qualquer supermercado);
- As razões que justifiquem o não funcionamento da cozinha municipal, que nos obriga a comprar pão de uma cidade que ninguém sabe onde fica e que não informa a data de fabricação nas suas embalagens;
- A existência de funcionários que trabalham em empresas privadas e também na prefeitura em horários concomitantes.
Ou fazerem um
levantamento sobre os pacientes que conseguiram na justiça que a prefeitura
fornecesse medicamentos de alto custo, não com a intensão de cortar esse
benefício, mas para divulgarem a informação para todos e, desta forma, garantir
que outros que estejam na mesma situação também tenham o mesmo direito.
Também poderia
sugerir que questionassem a distribuição de cargos no SAEMA, ou em outros
setores da prefeitura, especialmente quando isso é feito para pessoas sem
qualificação (ah, mas só na primeira quinzena de março dois profissionais da
educação buscaram nos vereadores a colocação que queriam, ou seja, um
carguinho... quer dizer que alguns de vocês colaboram para essa prática
maldita).
Por fim, que
tal fazerem menos para a mídia e mais para o município?
Que tal menos
efeitos pirotécnicos e mais efeitos práticos?!
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