Neste
período, em que só se “respira” eleições, fica difícil não
sentir no ar o cheiro da hipocrisia política de alguns partidos.
Quanto mais nos aproximamos de Outubro, mais somos obrigados a ouvir
discursos repetidos e demagogos. Coisas do tipo “o governo do
PSDB só criou pedágios” é quase uma bandeira dos oposicionistas,
estou errado?
Fiquei
pensando sobre esse assunto no último mês, pois foi divulgado pela
imprensa o valor repassado ao nosso município, referente ao
percentual que Araras tem direito sobre a cobrança de pedágio,
foram R$ 3.041.499,00 (mais de três milhões!) e não consegui
deixar de relacionar os “discursos” e as “práticas”
políticas. Afinal, se são tão contrários às praças de
pedágios, bem que poderiam devolver esse dinheiro aos motoristas do
nosso município.
Com o
novo sistema que será implantado inicialmente em nosso estado, com o
qual as cobranças passarão a ser por quilômetros percorridos nas
rodovias, ficará fácil identificar os seus usuários; logo, ao
invés de discursos demagogos, o que acham de devolver aos usuários
os valores que são repassados?
Outro
assunto que gostaria de comentar é sobre o pagamento de meio salário
mínimo feito aos membros dos Conselhos Administrativos e Fiscal da
ARAPREV. Sou membro do conselho municipal da educação e
presidente do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB,
e não recebo nada para exercer essas funções. O que acho justo,
pois as reuniões são feitas nos horários em que eu já recebo
salário como professor. Portanto, causou-me surpresa, ano passado,
quando fui informado por um dos conselheiros da Araprev que, se fosse
eleito, passaria a receber essa quantia para me reunir uma vez por
mês, em horário de trabalho, lá na sede da Araprev.
A Araprev, através de sua advogada, me informou que na ata de criação da entidade estão previstos esses pagamentos. Pois bem, acabo de ler a ata e ela diz: “O presidente do Conselho Administrativo do ARAPREV receberá 1 (um) salário mínimo e os demais componentes 50% (cinquenta por cento) do valor do salário mínimo vigente no país, para efeito de remuneração dos serviços prestados”.
A Araprev, através de sua advogada, me informou que na ata de criação da entidade estão previstos esses pagamentos. Pois bem, acabo de ler a ata e ela diz: “O presidente do Conselho Administrativo do ARAPREV receberá 1 (um) salário mínimo e os demais componentes 50% (cinquenta por cento) do valor do salário mínimo vigente no país, para efeito de remuneração dos serviços prestados”.
“O funcionário municipal que se encontrar no exercício do
cargo de Conselheiro poderá ausentar-se de sua
repartição a qualquer hora de seu expediente para tratar de
assuntos relativos ao funcionamento do ARAPREV, mediante
comunicação ao seu superior hierárquico”.
“Poderá” não, necessariamente, quer dizer que as reuniões
devam ser feitas, TODAS, em horário de trabalho! Não vejo razões
para que um servidor público seja afastado de suas funções, no
mesmo horário de trabalho, e receba pelas horas não
trabalhadas, ao mesmo tempo em que receberá para exercer outra
função. Por que não fazem suas reuniões no período noturno?Nós, servidores públicos, devemos questionar essa prática, pois é o nosso dinheiro que paga esses conselheiros. Eu acho isso errado, e você?
LRDantas
http://professor-dantas.blogspot.com dantas1503@yahoo.com.br
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