Ainda
bem que parece ser assunto do passado aquela possibilidade de aumento no número
de vereadores no nosso município. A verdade
é que a maioria absoluta da população foi e é contrária à ideia. E dentre os que se posicionaram favoráveis,
todos – todos mesmo! - têm o “rabo preso”
com algum político ou serão candidatos nas próximas eleições.
Alguns
tentaram justificar as razões para termos 13 (que, por si só, já é um número
maldito), outros tentaram justificar as razões para 15 ou 17, mas ninguém
convenceu!
Sejamos
sinceros, pois muitos “formadores de opinião” serão candidatos e só estão
pensando no coeficiente eleitoral; afinal, política é um grande negócio.
Atualmente,
vemos famílias criando seus filhos para se tornarem políticos, assim como era
feito no passado, quando os pais queriam que esses fossem médicos, advogados,
engenheiros, […], mas agora eles preferem que seus filhos se tornem políticos
ou jogadores de futebol, que são os que mais “prosperam” neste país. E na
“politicagem”, algumas igrejas fazem toda a diferença.
Hoje, quando
a criança nasce, antes mesmo de ser registrada no cartório, ela já recebe a
carteirinha de alguma igreja; afinal, “pequenas igrejas, grandes negócios”,
grandes igrejas... nem se fala! Como
no passado, quando os pais escolhiam qual escola seria melhor para encaminhar o
seu filho, só que agora é a igreja que passou a ser a escolhida. Que candidato declara a sua
religião? Poucos! E quando declaram, se dizem “abertos a
todas”. A preocupação é tanta, que
chegam a frequentar diversas denominações, tudo pensando nos votos. Esquecem que quem governa faz isso para as
pessoas, e não para “grupos” ou “denominações”, pelo menos é isso o que se
espera, é assim que deve ser!
Eu
não sou contra a participação das igrejas na política. Isso seria idiotice! Aristóteles
já dizia: “O homem é um animal político”. O que eu lamento é a fé por interesses, ou
seja, a existência de pessoas que passam a seguir certas doutrinas, única e
exclusivamente pensando no ganho político.
Outra coisa que lamento é a participação “acanhada” da igreja católica
nesse processo. Não precisa fazer como
algumas igrejas onde os membros se ajoelham, oram e se pede para votar nesse ou
naquele candidato, mas deveriam pensar em, ao menos, apontar para as direções
corretas, sinalizando as que não são boas. Pois,
afinal, tão importante como indicar os “caminhos do bem” é alertar sobre os
“caminhos do mal”.
Esse
texto não é dirigido a uma pessoa em especial, simplesmente retratei uma
verdade que é comum em todas as cidades, de todos os estados, de diversos
países. E se a “carapuça” serviu para alguns, isso só comprova a sua veracidade. Não tenho a intenção de ir contra a fé de
ninguém, pois sempre pensei da seguinte maneira: existem padres que não prestam
e isso não quer dizer que todos os padres são assim; existem pastores que não
prestam e isso também não quer dizer que todos os pastores são iguais; e assim
acontece com as outras denominações religiosas.
A maldade está nas pessoas, mas não em todas as pessoas.
Procuro,
com meus textos, fazer com que outros reflitam sobre alguns assuntos. Procurem saber quantas pessoas que sairão
candidatas têm “um pé” na administração, o pai, a mãe, a esposa, o marido,...,
ou eles próprios ocupando um cargo sem concurso. Gente assim não só não é isenta, como também
não é confiável, pois como podemos confiar em alguém que já mostra em seus atos
que as “brechas legais” - que nem sempre são morais - usadas para se conseguir
privilégios são coisas aceitáveis? Não são!
Já “mamam na teta” do município e buscam de todas as maneiras continuarem
mamando, essa é a verdade!
Agora,
responda-me, alguém já bateu na porta da sua casa para lhe oferecer uma
“vaguinha” em alguma de nossas repartições públicas? Por que devemos achar normal que tantas
pessoas ligadas a líderes religiosos ocupem esses tipos de cargos? As religiões têm direito de fazer política,
já disse isso, mas por que não fazem apenas a “boa política”, e não essa
política do “toma lá dá cá”?
Precisamos de
políticos cuja filiação maior seja com a verdade, com o bem estar da população,
e não com um partido ou grupo de pessoas.
LRDantas
Eu concordo com o que o professor disse, realmente é uma vergonha esse monte de gente sendo que vai trabalhar na prefeitura só porque é amigo de pastor ou porque faz parte de alguma igreja. Parabéns professor pela coragem
ResponderExcluirMarcos
Prezado Prof. Dantas, foste muito feliz em seus comedntários pois, eu mesmo não pude encontrar um slogan melhor “pequenas igrejas, grandes negócios”,essa é a realidade mundial. Nossos políticos brincam de faz de conta enquanto a população (mais pobre), mergulha num sonho impossível, "amanhã será melhor", e este dia nunca chegará, ao menos para estes. Só espero que a população possa pensar bem antes de escolher um candidato, e que procurem investigar os verdadeiros objetivos deste, para que não venhamos a ser mais um item em sua prateleira.
ResponderExcluirBoa noite, Ev Luís Antonio.
ResponderExcluirFiquei contente ao ler o seu depoimento no meu blog. Afinal, é muito bom saber que alguém de fé - um homem ligado diretamente a religião - entendeu as minhas palavras. Aqui em minha cidade os "religiosos", especialmente os que fazem das igrejas pequenos negócios políticos, não gostaram, fazer o quê? Sou uma pessoa que crê, e sei que - embora minoria - ainda temos pessoas que fazem o bem de forma "gratuita', fazem o bem com o único propósito de querer o bem... fazem o bem por amor!
Abraços
Prof. Dantas