sábado, 5 de março de 2011

Ensino retroo


            Vivemos num mundo moderno, com um sistema educacional do passado.   Os governantes gastam bilhões de reais com reforço e recuperação de alunos.             Investimos um dinheiro absurdo para que nossos jovens consigam resolver coisas como uma equação logarítmica.
            Não seria mais fácil e barato se distribuíssemos calculadoras científicas e ensinássemos os nossos alunos a usá-las?
            Estamos no século XXI, vivendo em pleno “boom tecnológico”, e ao invés de ensinarmos o que fazer com o que já foi criado, queremos que nossos alunos continuem resolvendo os problemas como se vivessem na época em que estes foram descobertos.      John Neper (século XVI), foi quem publicou as primeiras tabelas de logaritmos que permitiam a simplificação de cálculos aritméticos complicados para a época, mas que hoje podem ser feitos em segundos por qualquer calculadora que custa menos que vinte reais.
            Alguém já sofreu lá no passado para que hoje possamos ter uma vida mais fácil!
            No ensino estamos usando o forno à lenha quando já existe o micro-ondas.
            Alguns defensores deste ensino arcaico dirão que é preciso saber como se faz, etapa por etapa, para só então usufruir da Sra. Tecnologia.    É o mesmo que dizer que só se deve utilizar o automóvel, depois de se aprender como funciona toda a mecânica do motor!         Convenhamos, o que importa mesmo é saber dirigir o veículo e conseguir chegar onde se quer chegar.
            Vamos parar de ensinar coisas que não têm necessidades de se aprender.
            De que adianta o aluno perder um mês escolar para aprender a resolver - como no passado - cálculos que ele poderia fazer em segundos com a calculadora, se no final ele não souber o principal: o que fazer com aquilo?
            Deveríamos investir nosso tempo ensinando-os para que servem, quando se usam e como se usam as coisas que eles estão aprendendo. Desta forma estariam aprendendo a raciocinar ao invés de decorarem passagens e fórmulas que muitas vezes não têm o menor sentido.    Teríamos, então, aulas menos monótonas e alunos mais interessados.
            Quando vamos ousar e mudar?        Quando vamos ter um ensino condizente com o mundo moderno? Quando vamos entender que aprender os números complexos não acrescentará nada na vida dos nossos alunos e que seria muito mais importante se eles aprendessem a lidar com o cartão de crédito?!

LRDantas

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