sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A França está bem mais próxima...

Imaginem essa matemática: alguém começa a trabalhar aos 16 anos, aos 51 ele terá 35 anos de contribuição... aposentadoria! Durante esse período ele pagou 11% de seu salário mensal para a previdência, o que quer dizer que em um ano ele contribuiu, já corrigido, com menos de 1 salário e meio para a sua aposentadoria. Isso significa que em 35 anos ele terá contribuído com aproximadamente 53 salários. Se fizéssemos uma conta “fria”, aproximada, sem levar algumas coisas em consideração, diríamos que ele teria uns 4 anos e meio de salários para receber (53 dividido por 12).

Agora voltemos ao nosso “jovem” de 51 anos que estaria se aposentando. A expectativa de vida atual, veja bem: ATUAL, é de 73 anos, o que quer dizer que ele teria que receber por 22 anos tendo pago o suficiente para 4 anos e meio, lembra? Essa conta não fecha! Ah, se ele for casado e vier a morrer aos 73, sua esposa – cuja expectativa de vida é maior, 77 anos – continuará recebendo, isso em pleno século XXI. As mulheres contribuem por um tempo menor e recebem por um tempo maior, e a tal da “igualdade”?

Veja bem, eu sei que existem variáveis que incrementam os números a nosso favor, os trabalhadores, mas não podemos esquecer dos milhões que nunca contribuíram e que foram “contemplados” com a aposentadoria. Afinal, é muito fácil dar dinheiro nesta país, vira voto! O problema é: quem pagará a conta?

Precisamos, como a França, de uma nova reforma da previdência. E que ela acabe com as aposentadorias especiais como a dos militares, cujas filhas não se casam e assim continuam recebendo até o fim de suas vidas ( são duas gerações se beneficiando de uma única contribuição), a dos políticos,... etc. O difícil é acreditar que quem faz as leis, faça algo que vá contra os seus próprios privilégios, afinal, nossos políticos são rápidos para aprovarem leis que os favoreçam, todos viram o que fizeram para aumentar seus próprios salários. Se nosso povo não fosse tão “pacífico”, talvez fossemos para as ruas “brigar” contra tamanha palhaçada; e a palavra é palhaçada mesmo, pois quando se trata de aumento de salário para o povo os índices são pífios, já para os nossos políticos 62%.

Uma pequena mensagem para os funcionários públicos do nosso município, existe sim a possibilidade de termos problemas sérios para recebermos nossas aposentadorias, pois, infelizmente, para um lugar tão importante como a ARAPREV, os candidatos eleitos são votados levando-se em consideração muito mais a relação de amizade do que a capacidade técnica para exercerem suas funções. Só não se esqueçam que de nada adiantará reclamar futuramente dos erros cometidos no “passado”.

LRDantas

dantas1503@yahoo.com.br

Um comentário:

  1. E justo hoje saiu uma matéria do Walter Hupsel, na coluna do yahoo, segue parte abaixo:
    "A atriz, apresentadora e pretensamente feminista Maitê Proença (aquela que conclamou os “machos selvagens” para que salvassem o Brasil de Dilma Rouseff) tem uma pensão vitalícia de 13 mil reais por ser filha de funcionário público e solteira. Está na lei, e, friamente, ela tem direito ao nosso dinheiro de contribuinte.

    A SPPrev, autarquia vinculada à Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo, tentou suspender o benefício em 2009, com base em um trecho de um livro de Maitê dizendo que tinha vivido em relação estável por 12 anos. A declaração deveria ser suficiente para excluí-la da categoria “solteira”, no entendimento da SPPrev. Numa decisão em meados do ano passado, a Justiça brasileira suspendeu a decisão da autarquia e concedeu o direito à pensão para a Srta. Proença.

    A lei complementar de 1978 garante o direito à pensão paras as filhas solteiras de servidores públicos, desde que não se casem nunca; em se unindo em matrimônio, perdem a pensão. Não há outra palavra exceto “absurdo” para qualificar a aplicação dessa lei, mais ainda no caso específico."

    ResponderExcluir